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Incluir-Ciência
Última modificação: Sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
O Projeto Incluir-Ciência apresenta uma proposta de criação, adaptação e desenvolvimento de recursos didáticos, soluções educacionais inovadoras e práticas de ensino inclusivas com vistas à ampliação e melhoria do acesso à informação e ao conhecimento científico por pessoas com deficiência visual, seja no ensino de Ciências da Natureza em ambientes escolares ou em espaços não-formais de educação científica e tecnológica. Concebido no âmbito das atividades de ensino, pesquisa e extensão a serem desenvolvidas no Laboratório Maker do CEFET-MG, em face aos desafios dos processos de ensino e aprendizagem em diversos tópicos de conteúdo das Ciências, a presente proposta tem como público-alvo professores de Ciências, Biologia, Química e Física, estudantes da graduação em Química Tecnológica e do Programa Especial de Formação de Docentes do CEFET-MG, além de professores dessas disciplinas da Educação Básica das redes municipais e estadual de ensino interessados em criar e produzir recursos didáticos inclusivos, com foco na mediação pedagógica de estudantes com deficiência visual, cegos e de baixa visão. Considerando o elevado grau de abstração e complexidade da maior parte dos tópicos de conteúdo das Ciências da Natureza e suas Tecnologias, as limitações das representações bidimensionais elaboradas por professores ou empregadas por autores de livros didáticos, e as particularidades da mediação pedagógica na inclusão de estudantes com necessidades especiais, o Projeto Incluir-Ciência também trabalha com a incorporação da grafia química braille em objetos, por meio de diferentes tecnologias de prototipagem, impressão e montagem, para modelagem de aspectos estruturais e funcionais de entidades de interesse científico escolar, como átomos, íons, moléculas, agregação de partículas, fenômenos, reações, microrganismos, células, organelas, órgãos, sistemas etc., a fim de constituir um banco de recursos mediacionais disponibilizados a professores para o ensino inclusivo de Ciências. A metodologia envolve etapas de estudo das estratégias de modelagem a serem empregadas na criação dos recursos propostos, análise estrutural dos modelos didáticos desenvolvidos, estudo, descrição e prototipagem das entidades de interesse químico a serem abordadas por meio desses recursos, a confecção dos modelos tridimensionais ou bidimensionais em relevo, estudo dos modos de incorporação da grafia braille, bem como sua testagem e validação. Em praticamente todas essas etapas haverá a participação dos dois estudantes bolsistas de extensão a serem selecionados, possivelmente discentes do Programa Especial de Formação de Docentes ou da graduação em Química Tecnológica, além de envolver mestrandos do Programa de Pós-graduação em Educação Tecnológica do CEFET-MG, orientados pelo professor proponente e coordenador desta ação de extensão. Espera-se que os modelos didáticos tridimensionais ou bidimensionais com relevo produzidos, incorporados com a grafia química braille, possam se constituir como ferramentas de mediação do ensino e da aprendizagem em Ciências, com vista à inclusão, e que todo o processo de planejamento, prototipagem e confecção desses recursos possam oferecer elementos relevantes tanto para a formação de professores quanto para a inovação de suas práticas educativas na educação inclusiva em Ciências.
